Boa Cerveja-Feira #167…. com Double Red Ale

Esta semana vamos colocar na coluna uma cerveja que vivia on tap, mas que teve a chance de correr o mundo quando foi para dentro de uma garrafa, a Double Red Ale.

A Double Red Ale é produzida pela Heilige, uma cervejaria que esta no mercado desde 2010 e esta presente em Santa Cruz do Sul/RS. O vínculo da cervejaria com sua terra natal pode ser visto claramente pelo próprio nome, pois em alemão a palavra Heilige significa “Santa”, uma referencia ao nome da cidade.

Esta cerveja já era produzida pela Heilige, porem servida somente em chopp em seu brewpub. Mesmo sendo servida somente em chopp esta cerveja ganhou a medalha de ouro no Festival Brasileiro da Cerveja em 2016.

Graças a uma parceria entre WBeer e Heilige, a cervejaria viu a oportunidade de aumentar o alcance desta cerveja que já tinha um aceitação e qualidade notáveis para um público muito maior.

Double Red Ale

Dados Técnicos:

Cerveja: Double Red Ale
Estilo: Imperial Red Ale
Teor: 7,0%
País de origem: Brasil
Embalagem: 375 ml
Nota: 3,75

No copo a Double Red Ale se apresenta em vermelho escuro, quase castanho e com espuma clara e de boa formação.

Aroma de malte em destaque, com notas de torra suave, caramelo e toffe. Percepção de lúpulo cítrico e terroso bastante agradável e bem inserida. Em segundo plano encontramos um suave toque amendoado, leve resinoso e notas de casca de pão.

Ao provarmos vemos que a Double Red Ale apresenta corpo médio alto e média carbonatação, enquanto que no paladar vemos a presença de malte torrado, caramelo, amargor terroso sendo apresentado de maneira intensa em primeiro plano, seguidos pela percepção de toffe e pão australiano em segundo plano.

O aftertaste é marcado pelo amargor terroso e notas de torra que remetem a machiatto, com final seco bastante agradável.

A Double Red Ale é uma cerveja intensa com notas de malte, caramelo e notas lupuladas em destaque durante toda a degustação e final bastante seco.

Quando imagino qual harmonização propor para esta cerveja logo penso em duas características marcantes que temos, as notas de malte caramelado e o lúpulo.

Minha sugestão é realizarmos uma harmonização com bolinhos de carne recheados de queijo coalho. As notas de malte e caramelo irão destacar por semelhança o sabor da carne, e ao chegarmos no recheio usamos novamente o conceito de harmonização por semelhança entre as notas terrosas do lúpulo e o sabor do queijo coalho.

Prost!

Fabrizio Guzzon